Campos Eliseos

Campos Eliseos
CAMPOS ELISEOS - SÃO PAULO

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

PREFEITO PETISTA HADDAD CADÊ A DILMA QUE FICOU DE ACABAR COM O CRACK NO 1° MANDATO?

Grupo usa 'violência' para montar barracas na Cracolândia, diz Haddad

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta segunda-feira (24) que um grupo com barracas resiste "com violência" em deixar uma praça que fica entre a Rua Helvétia e Alameda Cleveland, na região da Cracolândia, no Centro de São Paulo.
Ele diz que a administração pretende reformar o espaço e por isso deve se reunir com o governo do estado para definir estratégias para retirar os dependentes. Na semana passada, Haddad chegou a criticar em sua conta no Twitter a falta de policiamento no bairro.

“Tem um grupo tentando impor a sua vontade. O que não vai acontecer. Nós vamos levar à frente o propósito de recuperar aquele espaço para a cidade”, declarou o prefeito durante evento nesta manhã na região da Avenida Paulista.
O secretário municipal de governo, Chico Macena, vai se encontrar com o secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Grella, para discutir futuras ações no ponto frequentado por dependentes químicos.
existe um grupo resistindo, um grupo minoritário, que usa de violência, resistindo à reforma da praça que daria conta do problema, conforme pactuado em julho desse ano"
Fernando Haddad,
prefeito de São Paulo
“Aquelas lonas são montadas e desmontadas todos os dias, porque a limpeza é feita. Não é uma instalação permanente. Agora existe um grupo resistindo, um grupo minoritário, que usa de violência, resistindo à reforma da praça que daria conta do problema, conforme pactuado em julho desse ano”, afirmou Haddad.
Atualmente, um grupo de dependentes recebe auxílio da Prefeitura, na Operação Braços Abertos. Além de trabalhar na varrição, eles recebem formação profissional. Haddad afirmou que as ações da Prefeitura estão em um momento de transição com a mudança de uma ONG que atua na Cracolândia. “Hoje está muito melhor do que historicamente esteve, mas nós efetivamente precisamos repactuar aquilo, porque há da parte de uma minoria resistência em fazer o programa avançar”, afirmou.
Crítica no Twitter
O prefeito usou o Twitter para criticar a falta de policiamento na região da Cracolândia. Na quinta-feira (20), ele escreveu em seu perfil na rede social que enquanto o estado cobra que o governo federal fiscalize as fronteiras do país para impedir a entrada das drogas, as polícias locais “não controlam um quarteirão da Luz”, disse. A crítica foi feita após a região voltar a ser ocupada pelos dependentes químicos.
“Crack: cobram da União a fiscalização de 17 mil km de fronteiras contra a droga, mas as polícias locais não controlam um quarteirão da LUZ”, postou na internet.
Em nota, o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella, disse que foi a Prefeitura quem criticou a ação das Polícias Civil e Militar na região. Em janeiro deste ano, Haddad disse que ficou indignado com a ação da Polícia Civil que terminou com prisões e tumulto na Cracolândia e a considerou a ação "lamentável".
Na ocasião, agentes do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) realizaram ação para prender traficantes na região. Cerca de trinta suspeitos foram levados para averiguação. Houve uso de balas de borracha e bombas de efeito moral, provocando tumulto entre a população.
Grella afirmou que o estado continuará combatendo o tráfico de drogas e disse estar disposto a unir forças com as demais esferas do poder público, Prefeitura e União, para vencer o desafio.
O poder público já fez inúmeras tentativas de acabar com a Cracolândia. Em 2009, por exemplo, a Prefeitura e o Governo do Estado fizeram a Operação Centro Legal. Na época, a polícia usou até bombas de gás para tirar os dependentes químicos das ruas, mas eles só mudavam de endereço. A ação da polícia foi muito polêmica.
A Operação Braços Abertos tem, atualmente, 513 dependentes no programa. Destes, 112 fazem trabalho voluntário contra a dependência química.