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quarta-feira, 24 de junho de 2020

Pandemia & Cracolândia

Pandemia traz em pauta possíveis soluções 
para moradores da Cracolândia

By Samara Florêncio
Data 08/06/2020
EXCLUSIVO




Em entrevista coletiva aos estudantes do Projeto Repórter do Futuro nessa segunda-feira (08/06), a vereadora da Câmara Municipal de São Paulo, Soninha Francine, ressaltou a criação de espaços seguros e limpos como oferta de solução para a população da Cracolândia. Localizada no bairro Campos Elíseos, na região central da capital, a Cracolândia é uma região problemática que permeia há décadas. Com o crescente avanço do coronavírus pela capital, o distanciamento social ainda se apresenta como a melhor forma de prevenção, porém a medida não foi adotada no local, trazendo consigo, problemas como aglomerações de pessoas e o tráfico de drogas. O Ministério Público fez um pedido de evacuação da área, mas foi negado pela Justiça de São Paulo. De acordo com a vereadora Soninha, é inviável evacuar a área, uma vez que a presença de conflitos e ações violentas seriam iminentes, "É impossível esvaziar a Cracolândia sem que hajam vítimas de bala e de estilhaços de bomba", afirmou Soninha. A parlamentar luta e defende projetos de apoio a populações vulneráveis. Para os usuários e moradores de Campos Elíseos, Soninha aponta o desenvolvimento de locais higiênicos, confortáveis e dignos, ou até mesmo campings como forma de solução para o problema vigente. Tendo em vista que a maioria dos programas de assistência social não são de estadia fixa permanente, a vereadora destaca: "Eu criaria um espaço de convívio e acolhimento próximo ao fluxo, e se possível, onde as pessoas pudessem ir e ficar. E claro, o espaço teria assistente social, orientador socioeducativo, trabalhadores de limpeza e manutenção, e a possível presença de voluntários".

Ary Neto, morador de Campos Elíseos, publicitário e criador do Portal SÃO PAULO VIVA, é a favor do esvaziamento da Cracolândia em seu bairro, pois segundo ele, somente com a ruptura do círculo vicioso "Usuário-Drogas Traficante" é possível conseguir romper a ciranda de destruição dessas pessoas que são abandonadas pelo próprio poder público. "Apoio a Intervenção total desta região entre outras, para que ainda na esperança de resgate destas pobres pessoas, se tenha a chance de um dia serem pessoas normais e saudáveis na sociedade. "Escreveu ele quando questionado sobre o problema.
A preocupação de retirar as pessoas da Cracolândia é antiga, e cresceu com a chegada do vírus em questão, pois quem frequenta a região, circula por outros pontos da cidade, tornando-se transmissores em potencial. Em meio ao caos que se encontra a região nessa pandemia, os voluntários do Projeto "Juntos Somos Um Só", e do Projeto "Da Pedra Para Rocha", têm feito entrega de cestas básicas e kits de higiene e prevenção ao Covid19, aos moradores da área, muitos desamparados devido o fechamento e transferência de pontos de atendimento pelo local. Segundo a Secretaria Municipal de Segurança Urbana de São Paulo, os agentes que ainda prestam assistência médica ou social na localidade, são acompanhados pela Guarda Civil metropolitana.

Em entrevista ao podcast “Acontece em SP”, o secretário adjunto da SMADS Douglas Carneiro falou das ações inseridas no município para as populações vulneráveis, como os moradores de rua. De acordo com ele, os atendimentos dos serviços municipais já existentes aumentaram, além de surgirem outras iniciativas emergenciais, como a instalação de pias em locais públicos, lavanderias comunitárias no centro da Capital e a ampliação dos núcleos de acolhimento. Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo, por meio da Interlocução Saúde Mental da Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) Centro, passou as informações de que na região da Luz, conhecida como "Cracolândia", a equipe do Programa Redenção na Rua realiza atendimentos de baixa e média complexidade, por meio de vínculos com o usuário e assistências compartilhadas entre a rede de cuidado do centro de Apoio Psicossocial (CAPS), Assistência Médica Ambulatorial (AMA), Unidade Básica de Saúde (UBS) e Prontos-Socorros (PS), além da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMADS). A partir do primeiro contato, as demandas são acolhidas e, posteriormente, encaminhadas para os pontos de atendimento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)  integrada pelas 468 Unidades Básicas de Saúde (UBS).
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Agradecimento especial a Jornalista  Samara Florêncio que cedeu material exclusivo ao Blog SÃO  PAULO VIVA.
Fotos (1) e (2) Blog São Paulo Viva