Campos Eliseos

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CAMPOS ELISEOS - SÃO PAULO

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

JUSTIÇA PROIBE EXPULSÃO DE VICIADOS DA CRACOLÂNDIA



A Polícia Militar de São Paulo está proibida pela Justiça de acuar, expulsar ou obrigar usuários de drogas a circularem contra sua vontade na região da cracolândia, no centro da capital. Concedida nesta terça-feira por meio de liminar, a determinação é resultado de ação civil pública apresentada pelo Ministério Público Estadual para coibir a chamada “procissão do crack”, revelada pelo Estado em 8 de janeiro, cinco dias após o início da ação. A multa diária em caso de descumprimento é de R$ 10 mil.

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A partir de agora, segundo ordem do juiz Emílio Migliano Neto, da 7.ª Vara da Fazenda Pública, a PM não pode promover “ações que ensejem situação vexatória, degradante ou desrespeitosa” contra os viciados nem os impeça de permanecer em via pública ou de se movimentar para outros espaços. Na prática, a abordagem só poderá ocorrer em caso de flagrante de consumo ou tráfico de drogas.

O governo estadual afirmou ontem, porém, que a liminar não interfere em nada na ação na cracolândia. “Se forem necessárias abordagens policiais diante de atitudes suspeitas, a polícia não tem como se furtar dessa atitude. Então não muda a atitude da Polícia Militar”, afirmou a secretária de Estado da Justiça, Eloísa Arruda. “A polícia precisa realizar seu trabalho. Se ela se aproxima e a população se desloca de um lado para outro, a polícia não tem como impedir.” O comandante-geral da PM, Roberval Ferreira França, foi na mesma linha: “A PM continuará com seu padrão de operações”.

Para os promotores Arthur Pinto Filho, Eduardo Ferreira Valério, Luciana Bergamo e Maurício Ribeiro Lopes - autores da ação -, o trabalho mencionado pela secretária se mostrou totalmente fracassado. “A cracolândia está lá, não acabou. Basta circular pela região para perceber que tudo continua como antes. A realidade se impõe no caso. Então é melhor nos entendermos e propormos outra medida que possa dar certo”, disse Arthur Filho, da Promotoria da Saúde. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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http://brasil247.com/pt/247/brasil/72631/Justi%C3%A7a-pro%C3%ADbe-PM-de-atuar-na-Cracol%C3%A2ndia-em-S%C3%A3o-Paulo-Justi%C3%A7a-pro%C3%ADbe-PM-atuar-Cracol%C3%A2ndia-S%C3%A3o-Paulo.htm

Decisão atende a pedido do Ministério Público, que entrou com ação contra a chamada 'Operação Sufoco' no centro da cidade; governo Alckmin fica proibido de submeter a "situação vexatória e degradante" os usuários de drogas

31 de Julho de 2012 às 12:55
Fernando Porfírio _247 - A Justiça paulista proibiu, nesta terça-feira 31, o governo do Estado de realizar operações militares e submeter a "situação vexatória e degradante" os usuários de drogas da Cracolândia. A decisão é o do juiz Emílio Migliano Neto, da 7ª Vara da Fazenda Pública da Capital. No caso de descumprimento da decisão, o magistrado estabeleceu o pagamento de multa diária no valor de R$ 10 mil. Cabe recurso.
A decisão, de caráter liminar, atende pedido do Ministério Público paulista, que entrou na Justiça com uma ação civil pública contra o governo Geraldo Alckmin, na qual pede indenização de R$ 40 milhões. A ação é contra a chamada "Operação Sufoco", iniciada em janeiro na Cracolândia, na região central da capital.
Na ação, o MP ainda pediu, em caráter liminar, que a Polícia Militar seja obrigada a se abster de realizar as chamadas "procissões do crack" – operações policiais em que viaturas cercam usuários que estão aglomerados e fazem com que eles andem de um lado para o outro para se dispersar.
Em janeiro, o MP havia atacado a operação do governo paulista na região da "cracolândia". De acordo com promotores de Justiça, o Estado não pode ser o "algoz do cidadão" nem o "chicote do pobre". Uma força tarefa formada pelos promotores de Justiça Eduardo Valério, Luciana Bergamo, Arthur Pinto Filho e Maurício Ribeiro Lopes, anunciou que iria investigar a responsabilidade pela operação classificada como "ilícita", "pouco inteligente" e de "resultados pífios".
A operação na "cracolândia" começou em 3 de janeiro. Uma semana depois, a Polícia Militar informou que prendeu 49 pessoas. Dos presos, 26 eram condenados pela Justiça. Nesse período, a ação retirou apenas meio quilo de crack de circulação no local. A quantidade representaria o consumo de apenas um dia entre os usuários da cracolândia.
A operação, que contou com policiais e órgãos es taduais e municipais ligados à segurança, saúde e assistência social, também retirou 61,3 toneladas de lixo das ruas. Segundo balanço da PM, 2.806 abordagens policiais foram realizadas. Os agentes de saúde encaminharam 33 pessoas para serviços de saúde, nove para hospitais e 28 para internação.
"O tráfico de drogas é questão de polícia, mas a dependência química é caso de assistência social e de saúde", afirmou o promotor de justiça Eduardo Valério. "Essa operação é uma tragédia que está servindo apenas para espalhar um problema que estava concentrado numa região específica da cidade", completou o promotor.
Valério também criticou a justificativa apresentada pelo governo paulista de que a operação na "cracolândia" tinha como objetivo o combate ao tráfico de entorpecentes. "Argumentar dessa forma é menosprezar a capacidade das organizações criminosas de operar o tráfico de drogas na capital paulista. Para minimizar e acabar com o tráfico é preciso operações lícitas e inteligentes", disse o promotor Eduardo Valério.
De acordo com os promotores de justiça, o Ministério Público foi pego de surpresa com a operação no início do ano. Desde 2009, o MP acompanhava a questão da dependência química na região atuando em conjunto com entidades civis e com a prefeitura. "Não sabemos o que motivou essa operação desastrada e a abertura do inquérito que anunciamos hoje, entre outras coisas, pretende encontrar uma resposta para o caso", disse o promotor Eduardo Valério.

FAVELA DO MOINHO NO BOM RETIRO VAI VIRAR ESTAÇÃO DE TREM

Governo vai contratar projeto funcional de linha que será interligada à 8-Diamante da CPTM; obras ficarão para a próxima gestão.

BRUNO RIBEIRO - O Estado de S.Paulo


O centro de Alphaville, região de condomínios de luxo em Barueri, na Região Metropolitana de São Paulo, deverá ganhar uma linha de trem interligada com a Linha 8-Diamante da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O governo do Estado informou ontem que vai contratar o projeto funcional da nova linha nos próximos dias.

As obras do ramal, entretanto, devem começar somente no fim de 2014, ou até mesmo em 2015, segundo o secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. Ele afirmou que, até o fim da atual gestão, em 2014, fará todos os projetos: funcional, básico e executivo. E, "depois de 2014", executará as obras.

"O modal da linha vai ser definido pelo projeto funcional, até porque é o projeto que vai identificar a demanda exata da linha. Pode ser um monotrilho, um VLT (veículo leve sobre trilhos) ou outro modelo", disse o secretário, incluindo ainda um trem convencional entre as opções.

"É uma linha nova. Não tínhamos muitos planos para executar esse projeto. Mas a população de lá passou a questionar por que não poderia haver uma linha de trem para atender Alphaville", completou o secretário.

O traçado que será estudado é um "U" invertido, partindo da Estação Sagrado Coração, chegando à Estação Barueri (ambas na Linha 8). Planos antigos apresentados pelo Metrô, em 2010, propunham outro traçado - saindo da Estação Antônio João, na mesma cidade, até Carapicuíba (também na Linha 8). O investimento necessário para tirar o ramal do papel não foi estimado pelo governo.

Nova estação. A Favela do Moinho, no Bom Retiro, região central de São Paulo, vai virar uma estação de trem, conectada com as Linhas 7-Rubi e 8-Diamante. O projeto funcional já está em andamento. A ideia é desafogar a Luz, superlotada desde a inauguração da Linha 4-Amarela do Metrô, no ano passado.

A estação será projetada tanto para funcionar na superfície quanto para ser subterrânea.