Campos Eliseos

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CAMPOS ELISEOS - SÃO PAULO

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

REVITALIZAÇÃO DE CAMPOS ELISEOS

Campos Elíseos

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O Bairro, o Santuário e o Liceu Coração de Jesus
Campos Elíseos: antiga região de chácaras; primeiro loteamento planejado da cidade de São Paulo; local onde a elite do café passa a construir seus palacetes residenciais.
De Chácara Rio Branco a Campos Elíseos: Frederico Glete e Victor Nothmann adquiriram a chácara, mandaram abrir ruas que se transformaram posteriormente nas ruas dos Protestantes, Triunfo, Andradas, Piracicaba, Helvetia, Glete, Nothmann entre outras.
Origem do nome: Campos Elíseos (do grego Pedios Êlysion), segundo Homero, era o lugar de repouso dos heróis e dos humanos virtuosos após a morte, portanto o nome dado ao bairro paulistano pode estar relacionado com a mitologia grega, ou então, pode fazer referência direta ao “Les Champs Elyseés”, de Paris.
A história: a história do Bairro Campos Elíseos está ligada, principalmente, às áreas religiosa, educacional e administrativa.
Religiosa: a antiga capela em honra ao Coração de Jesus, construída pelos Vicentinos, confiada aos Salesianos, cedeu lugar a uma nova construção, um grande Santuário. Em 1880 reinicia-se a construção do novo Templo, com o decidido apoio de D. Veridiana Prado, do conde Prates e, especialmente, do povo paulista. Em 1901 estava praticamente pronto. A solene torre, que em 1922 era um dos três pontos mais altos da cidade, mede 62m incluindo os 7 m do pedestal e os 7 m do Cristo Redentor. De estilo romano em forma basilical, é constituído por três naves, sendo as laterais abobadadas. É o mais antigo templo de estilo clássico-renascentista de São Paulo. O Santuário Coração de Jesus marca o início da renovação da arte sacra da capital paulista.
Educacional: construção do famoso Liceu de Comércio Artes e Ofícios, em 1885, a princípio para atender filhos de escravos dos fazendeiros de café e depois os filhos dos imigrantes italianos. Inicialmente, oferecia ensino gratuito em oficinas profissionalizantes de sapataria e alfaiataria. Só mais tarde, inaugurou o internato acolhendo os filhos de cafeicultores. Há pelo menos quinze anos, o Liceu Coração de Jesus, juntamente a outras instituições, passou a sofrer com a degradação da região central de São Paulo.
Administrativa: nos Campos Elíseos, o palacete de Pacheco e Chaves- construção iniciada em 1896 e concluída em 1899- foi adquirida pelo estado e tornou-se residência oficial dos governadores do estado de São Paulo. Entre 1935 e 1965, foi também sede do governo, até a transferência para o Palácio dos Bandeirantes. Em 1972 passou a sede da Secretaria da Cultura, Esportes e Turismo depois a sede da Secretaria da Ciência, Tecnologia do Estado e atualmente (2011) depois de restaurado externamente, aguarda verba para restauro de seu interior.
Como se pode perceber, o Santuário e o Liceu Coração de Jesus tornam a história do bairro Campos Elíseos mais rica e valorosa tanto nas áreas intelectual e social quanto arquitetônica.
A localização do bairro era privilegiada: próximo da Estação Ferroviária Sorocabana, inaugurada em 1878, (atual estação Estação Júlio Prestes) e da Estação da Luz e, ao mesmo tempo, não muito longe do centro da cidade. Assim, os espaçosos terrenos do loteamento tornaram-se ideais para abrigar as mansões e residências dos barões do café quando vinham à capital a negócios. Algumas das ruas foram batizadas com os sobrenomes destes empresários ou em homenagem aos seus países de origem, como Alameda Glette, Alameda Nothmann, Alameda Cleveland e Rua Helvétia, nome como também é conhecida a Suíça.
Em 1911, nessa região, numa atitude, para a época, arrojada, os salesianos construíram o “Grande Liceu de Artes, Ofícios e Comércio”, a princípio para atender uma população carente, tornando-se depois uma renomada instituição pedagógica. Nas cercanias localizava-se o principal hospital da cidade na época, a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
No início do Séc. XX, Campos Elíseos já era um bairro bastante elegante, abrigando as mansões e residências dos barões do café e a residência oficial do Presidente do Estado de São Paulo (atual governador): o Palácio dos Campos Elíseos, na Av. Rio Branco, uma de suas vias mais importantes.
A partir da década de 1930, o bairro, Campos Elíseos, sofreu um revés com a falência de grande número de Barões do Café, fato que os obrigou a se mudarem para outros bairros e, muitos casarões e mansões foram demolidos, cedendo espaço a prédios de apartamentos. Outros foram alugados e sublocados, transformando-se em pensões, cortiços e moradias coletivas precárias.
Entre as décadas de 1930 e 1990 outros fatores também contribuíram para a decadência progressiva do bairro. Citamos como exemplo a inauguração da estação rodoviária da cidade; a transferência da sede e da residência oficial do governador do estado de São Paulo para o Morumbi (Palácio dos Bandeirantes), diminuindo a relativa importância política do bairro, a conservação de ruas e o policiamento que havia em torno do governador; o processo de decadência e esvaziamento do centro da cidade, a partir da década de 1970; a vizinhança com os bairros da Luz e Santa Ifigênia, áreas conhecidas como Cracolândia, onde a prostituição, a marginalidade, o consumo de drogas prosperavam; e, ainda, podemos acrescentar o desinteresse da classe média em adquirir apartamentos nos prédios, em sua maioria construídos entre as décadas de 1930 e 1940, época em que não se justificavam a construção de garagens, tão pouco de áreas de lazer. Enfim, a derrocada é evidente, mas ainda há esperança de preservarmos o que restou desse passado retumbante e “virarmos a mesa”, o museu é um bom exemplo.

Fonte:http://epaummuseunacracolandia.wordpress.com/campos-eliseos-ou-cracolandia/






 

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