Campos Eliseos

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CAMPOS ELISEOS - SÃO PAULO
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sexta-feira, 27 de março de 2015

OPERAÇÃO HEROÍNA NA CRACOLÂNDIA

CRACK , HERÓINA, FAVELA E LIXO....  
SEGURANÇA PÚBLICA CEGA E GOVERNANTES COM DESCASO TOTAL. 
O QUE MAIS FALTA PARA FERNANDO HADDAD, GERALDO ALCKMIN E DILMA ROUSEFF DAREM UMA SOLUÇÃO PARA CAMPOS ELÍSEOS ? 

#FORACRACK

Se já não bastasse o "Crack" que demoniza a tão famosa região da Cracolândia, agora a "Heroína" quer seu espaço na franquia tão desejada pelos traficantes.

Conforme matéria da folha de S.Paulo a coisa está a cada dia pior no centro de São Paulo.
O descaso é tão grande que hoje o empurra empurra está geral  como uma batata quente, ninguém mais sabe quem é o responsável por esta bagunça generalizada.

Governos e entidades desconhecem como tratar tamanho problema, foram treinados a roubar nossos cofres, mas quando se trata de arrumar a casa, faltaram nesta aula.

Segue matéria para entendermos melhor o que anda acontecendo:

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/03/1608919-policia-acha-heroina-na-cracolandia-favelinha-cresce-e-ja-dobra-esquina.shtml







Muitas reclamações, críticas e depoimentos contra o governo e esta política de roubo e descaso aos assuntos e problemas sociais.

12/4      #VEMPRARUA
ENQUANTO ISSO OS NOSSOS GOVERNANTES FICAM MUDOS, CEGOS E SURDOS !!! 
By Ary Neto

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

CAMPOS ELISEOS PEDE SOCORRO - POP RUA - CRACK - DESCASO

TEXTO: (e-mail enviado para Coord.População de Rua) 

Caros Srs. da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e Secretaria Segurança Pública e Secretaria da Saúde (Prefeitura e Governo do Estado)
 
Este apelo é de alta gravidade e almejo a atenção de todos os envolvidos neste e-mail, se possível encaminhem a seus superiores caso percebam que não possuem condições de solucionar a questão descrita no corpo deste texto.
 
Na cidade de São Paulo, bairro de Campos Elíseos (distrito de Santa Cecilia) ao lado da Estação Julio Prestes, atualmente com maior volume na Alameda Cleveland e Alameda Helvétia a crise do Crack  está cada vez mais sem controle e a cada dia é maior o número de pessoas em situação de rua na região.
 
As ações do governo e prefeitura são visivelmente nulas, pois a cada dia o volume de "moradores de rua usuários de Crack" cresce.
Não existe mais condições de caminhar em paz por Campos Eliseos, principalmente na  Alameda Cleveland e Alameda Helvétia devido aos roubos, ataques infundados por loucos abandonados na rua a própria sorte por nossos ricos governantes.
 
Todo bairro clama por uma resposta, falo com todos moradores diariamente para se manifestarem e utilizarem o serviço 190 e 156 afim de delatarem o ocorrido em nosso querido bairro e gerar uma estatística real das ocorrências.
 
Na Praça Princesa Isabel, Terminal Princesa Isabel, Alameda Glete esquina com Av. Rio Branco roubos e ataques de crackeiros aumentam e mesmo ligando para 190 nada é resolvido. Isso porque não estou citando nada sobre a Rua Apa, Elevado, Estação da Luz e região.
 
A região central de São Paulo é uma VERGONHA !!!
 
É nítido que se perdeu o controle da situação, usuários de crack são previlegiados em detrimento aos moradores e transeuntes da região do Bom Retiro, Luz, Santa Cecilia e Campos Elíseos que estão abandonados pelo descaso das autoridades.
 
Peço que visitem o bairro sem prévio aviso, pois se avisarem a operação Tapete Vermelho é acionada.
 
Domingo passado fui atacado para assalto por usuários de Crack  com garrafas que por pouco me acertam e os Guardas da GCM foram contra minha indignação deste descaso e abandono, fui ultrajado por estes Guardas da GCM pois não deveria mais utilizar aquele lugar, veja bem eu pago imposto, moro no bairro há 20 anos e não devo mais utilizar aquelas vias para minha segurança? Onde os servidores públicos estão? Será que sabem o que ocorre naquele lugar? A resposta é simples : LIXO - DROGAS - DESCASO - INSEGURANÇA.
 
Agentes da Saúde circulam e nada fazem. Urina,fezes, lixo se acumulam na região pois a Prefeitura alega que não tem mais o que fazer (imagina ouvir isso pelo fone 156, Loga, Inova, Limpurb e Secretaria de Serviços e etc), o time do Copom/SP (190) informam que o problema é do PIB, isso mesmo, já ouvi também pelo pessoal do GCM que a segurança está falida e nada pode ser feito. Treinem pelo menos o pessoal para não falar sem saber por favor.  O serviço de limpeza é precário e de baixa qualidade, basta visitar o local sem prévio aviso.
 
O uso de drogas em via pública é vergonhoso, a venda a céu aberto aumenta a cada dia e a limpeza está péssima, "enxugar gelo" não atende mais os moradores da região.
 
Campos Eliseos é um bairro assistencial, possui Bom Prato do Governo, Café da Manhã Salesianos, Reciclagem de Material Salesianos e para ajudar um número grande de usuários de Crack da região ficam alocados neste tenebroso cruzamento ao lado da Sala São Paulo e Estação Julio Prestes.
 
Já solicitei banheiros públicos para região e nada é feito, temos que pular de um lado ao outro das calçadas para não pisarmos em dejetos humanos, fora o terrível cheiro que a região enfrenta de sujeira humana. Tudo para manter intocável os usuários de Crack que não podem ser tocados conforme informação de funcionários da Prefeitura e Assistência Social.
 
O lixo e a venda de  drogas aumentam a céu aberto. Há anos convivemos com esta situação e a resposta é lenta e é totalmente nítido que existe um despreparo para atuar com esse caos em nosso bairro.
 
Na Alameda Cleveland até a Alameda Nothmann temos que conviver com drogados solicitando dinheiro ou nos assaltando para compra de drogas.
 
ESTAMOS ABANDONADOS EM CAMPOS ELÍSEOS !!!!
Desejo saber que solução a prefeitura, governo e segurança pública tem a dizer para sanar este problema grave existente na Região de Santa Cecilia.
 
Conclamo as Secretarias da Prefeitura e Governo do Estado, Conseg da Região, Associação de bairro e todos que desejarem uma solução para nossa região afim de nos ajudar com um saída eficiente e não eleitoreira.
 
Onde estão nossos vereadores que nunca vejo na região? 
A antiga Rodoviária e todo entorno foi demolido e hoje o abandono, lixo, drogas e descaso reinam na região de Campos Elíseos.
 
Creio que todos já estão cientes da situação, o que os munícipes da região desejam é uma atenção especial a um bairro histórico que morre a cada dia com a degradação e falta de atenção de nossos governantes.
 
Desde já agradeço a atenção de todos neste e-mail e fico no aguardo de ações reais para solucionar na medida do possível o estrago que estamos vivendo em nosso bairro.
 
Fico a disposição para conversar e junto aos moradores, empresários da região que pagam altos impostos e nossos governantes acharmos uma saída satisfatória.
 
 
 
Grato pelo apoio
Ary Neto

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

AS NOVAS CRACOLÂNDIA DE SÃO PAULO - 07/2014

Mapeamento inédito da prefeitura de São Paulo obtido pelo site de VEJA aponta onde estão os 30 pontos de consumo de crack na maior cidade do país


"Saia nóias”. A pichação (com erro gramatical) poderia ter sido feita em um muro qualquer do quadrilátero do centro da capital paulista conhecido como cracolândia, na região da Luz. Mas a frase estampa a repulsa de moradores da Brasilândia, Zona Norte de São Paulo, nas paredes de um beco da sinuosa Avenida Deputado Cantídio Sampaio, que corta uma série de bairros aos pés da Serra da Cantareira. O local é um dos trinta endereços da cidade onde os usuários de crack se juntam durante a noite para, pedra após pedra, consumir a vida em meio à escuridão.
O site de VEJA percorreu 25 deles nesta semana, depois de obter da prefeitura paulistana a localização exata dos pontos de consumo de crack na cidade. Os dados foram fornecidos pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), dois meses e meio depois de o órgão ter recebido um pedido formal por meio da Lei de Acesso à Informação. Até hoje, o mapeamento das maiores cracolândias da cidade (cientificamente chamadas “cenas de uso de crack”) era mantido em sigilo.
Em fevereiro, a reportagem solicitou a mesma informação a pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – eles realizaram entre 2011 e 2013 o mais importante levantamento nacional sobre o crack, encomendado pelo Ministério da Justiça. O epidemiologista Francisco Inácio Bastos, coordenador da pesquisa "Perfil dos usuários de crack e/ou similares no Brasil", argumentou que não poderia indicar os endereços porque os comitês de ética dos municípios participantes exigiram "estrito sigilo" sobre a identificação dos locais e dos usuários. Segundo Bastos, nem mesmo o Ministério Público de São Paulo recebeu a informação ao solicitar os endereços à Fiocruz. Quando os resultados da pesquisa foram divulgados no ano passado, os mapas indicavam apenas manchas gráficas.

Os trinta pontos indicados pela prefeitura mostram que as cracolândias se expandiram para longe das ações do poder público estadual e municipal nas quatro regiões da cidade (Norte, Sul, Leste e Oeste), apesar de o Centro ainda reunir o maior número de usuários. É na cracolândia "original", consolidada desde os anos 1990 na Luz, que os programas "Recomeço", do governo Geraldo Alckmin (PSDB), e "De Braços Abertos", da gestão Fernando Haddad (PT), concentram as equipes de abordagem e encaminhamento para tratamento de saúde, cadastram dependentes químicos, oferecem trabalho temporário – e alojamento em hotéis, no caso do programa da prefeitura.
As novas cracolândias foram listadas por funcionários das supervisões de saúde mental da prefeitura em janeiro deste ano. Elas representam "cenas de uso de crack frequentes" com cem ou mais dependentes, segundo a psiquiatra Cibele Neder, assessora de saúde mental, álcool e outras drogas da SMS. Ela diz que mais de 200 pontos de uso de crack foram descobertos em toda a cidade, mas que os trinta listados são os considerados problemáticos, com mais aglomeração de pessoas e de uso permanente. "Para a gente chamar de local com problema e que mereça a intervenção do poder público, fizemos um corte com as cenas constantes, com mais de cem pessoas, e que já existissem há algum tempo", disse Cibele. "São locais que já estabeleceram uma dinâmica própria e têm um fluxo constante, mesmo que não sejam as mesmas pessoas. Eles estão diretamente ligados à oferta, ao tráfico de drogas. As pessoas vão ao lugar onde sabem que vão encontrar o crack."



Ficaram de fora do mapa da prefeitura locais onde já houve concentração de usuários de crack retratada pela imprensa, como a Rua Apa e o Elevado Costa e Silva (Minhocão), em Santa Cecília, a Mata do Iguatemi, no Jardim Pedra Branca, os arredores do Viaduto Liberdade, na Liberdade, o canteiro central da Avenida Inajar de Souza, Zona Norte, e a Vila Nova Galvão, na divisa com Guarulhos (SP).
À noite, foi possível encontrar mais de cinquenta dependentes reunidos no Parque Dom Pedro, ao lado Viaduto Diário Popular, na Baixada do Glicério, que faz parte região central degradada. Eles fumavam crack em canteiros do parque, escondidos sob cobertores e agachados nas passarelas do viaduto. Perto dali, um grupo de cinco dependentes ocupava a praça do Viaduto Bresser, na Mooca. Em geral, as cracolândias têm um grupo fixo e frequentadores que passam cerca de três dias e depois se dispersam – gente suficiente para manter o fluxo constante.
As maiores aglomerações foram verificadas no Viaduto Jabaquara, na Avenida dos Bandeirantes, e nos arredores do Ceagesp, maior centro de distribuição de frutas e verduras da América Latina, na Lapa. Em ambos os lugares, havia barracas montadas e mais de cinquenta usuários durante o dia. No Jabaquara, eles recebiam as pedras de crack de uma favela próxima à avenida. Traficantes atravessavam as pistas e desciam os barrancos rapidamente no leva e trás da droga. Eles eram seguidos apenas por cachorros. Os usuários, inclusive um cadeirante, ocupavam as duas margens sob o viaduto e se arriscavam a caminhar na pista. No Ceagesp, eles ficavam próximos a um conjunto habitacional, em ruas com lixo acumulado e farta comida descartada. Além de se esparramarem nas calçadas, acenderam fogueiras e usaram guarda-chuvas para esconder os cachimbos acesos. A cena funciona na rua atrás da sede do 91º DP da Polícia Civil.




A prefeitura expandirá pela primeira vez as ações do atual plano de enfrentamento do crack nessas duas cracolândias: Jabaquara e Ceagesp. No Jabaquara, assistentes sociais e agentes comunitários de saúde já abordaram usuários. E um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-AD) deverá ser instalado para atender dependentes químicos no Ceagesp. Depois o programa tende a ser instalado em Itaquera. Nem sempre o programa oferecerá os mesmos serviços e benefícios (trabalho remunerado, alojamento, refeições e tratamento) que fazem parte do pacote na região da Luz. Os coordenadores afirmam que a determinação é ouvir o que as pessoas querem receber. Na Luz, a demanda era por "um local para tomar banho, comida e trabalho". O atendimento de saúde era considerado secundário, e odontológico, prioridade.
Também na Zona Sul, a reportagem flagrou um dependente circulando com o cachimbo de crack em riste nos arredores do Cemitério São Luiz, no Jardim São Luís. Na Zona Leste, dois usuários fumavam pedras de crack na entrada da Favela da Paz, na Avenida Miguel Inácio Cury, a dez minutos de caminhada do Itaquerão, o estádio de abertura da Copa do Mundo. A cracolândia da favela se espalha num muro abandonado ao redor do pátio do Metrô: é um ponto de prostituição infantil, apinhado de cápsulas de cocaína vazias. Em São Miguel Paulista, os usuários que já ocuparam a Praça do Forró agora se transferiram para a Rua Severina Leopoldina de Souza, ao lado de um mercadão e do Hospital e Maternidade São Miguel. Traficantes agem livremente na rua sem saída. Na Penha, os usuários montaram cabanas sob o Viaduto Engenheiro Alberto Badra, ao lado de uma favela de barracos de madeira – ainda repleta de cinzas por causa de um incêndio recente.
O crescimento de cracolândias nas periferias costuma ser associado por estudiosos do tema a operações de remoção mal sucedidas no passado, como a promovida pela Polícia Militar em janeiro de 2012. A PM ocupou a região central e tentou dispersar a aglomeração de usuários e sufocar as vendas de traficantes, ao passo que a prefeitura passou a limpar as ruas e demoliu uma série de casebres onde os dependentes se escondiam. O fluxo de usuários na Luz diminuiu, e supõe-se que muitos deles tenham migrado de vez para outros locais. Mas não houve monitoramento adequado para comprovar a migração. Nesta semana, um grupo de dependentes resistente aos programas do Estado e da prefeitura montou acampamento na Alameda Cleveland. A pracinha ficou lotada: traficantes se aproximavam em bicicletas para vender pedras, enquanto os usuários ofereciam para troca quinquilharias e objetos roubados, como caixas de som portáteis, cordões e telefones. Havia crianças e adolescentes entre eles, além de grávidas. A movimentação era caótica, num ritmo particular. "Temos que entender esse fenômeno como um de lazer das pessoas", diz Cibele. "Elas criam uma sociabilidade, constituem uma comunidade com regras de convivência e certa solidariedade e relações interpessoais. A droga é mais uma consequência do desemprego e da miséria e não a causa."
Um fator que dificulta a localização das cenas de uso e seu monitoramento é a intensa mobilidade de usuários. Os pesquisadores da Fiocruz relataram que as cracolândias mudam durante os turnos do dia, como se houvesse uma pela manhã, outra à tarde e uma terceira realidade à noite. Eles também notaram que as cenas públicas de consumo da droga mudam conforme as condições climáticas, as decisões do tráfico ou a ocorrência de operações policiais e intervenções urbanísticas.


Durante as visitas a 25 cracolândias nesta semana, o site de VEJA só conseguiu localizar usuários em treze pontos – e em quantidades que variaram de dois a cerca de trezentos viciados. A reportagem não visitou duas cenas de uso no extremo sul da capital e três endereços em favelas da Zona Leste, apontados pela Polícia Militar como "bocas de fumo" (ponto de venda de drogas). O psicólogo e doutor em Epidemiologia em Saúde Pública Carlos Linhares relatou à Agência Fiocruz que, durante estudo sobre cenas de uso do Rio de Janeiro, não foi possível acessar metade dos 193 locais de consumo de crack na capital fluminense.
Fica na Zona Norte a maior quantidade de cracolândias encontrada. No Jardim Andaraí, próximo à Rodovia Presidente Dutra, usuários ocupavam duas ruas: a Balaiada e a Nilton Coelho de Andrade. Além dos barracos na calçada, usavam uma fogueira na rua para espantar o frio. No beco da Brasilândia, os usuários se reuniam para fumar crack em pequenos grupos. Três deles se escondiam atrás de colchões e dentro de uma Kombi azul de janelas escuras. No chão, além de pinos de cocaína abertos, viam-se também pedaços cortados de antenas de carro – usados para montar o cachimbo do crack. Funcionários do aterro industrial que funciona no terreno da antiga pedreira Itaberaba, em frente ao local, disseram que traficantes do bairro também repelem os usuários dali.
Eles se espalham ainda nos piscinões da Avenida General Penha Brasil: cinco deles usavam drogas no Piscinão do Bananal e dois no Guaraú, no Jardim Peri. A comerciante e moradora da avenida Aurora Murakami, de 54 anos, reclamou de roubos em frente à sua loja. "Esse pessoal começou a se espalhar pela periferia. São Paulo virou um monte de zumbis", diz.