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CAMPOS ELISEOS - SÃO PAULO
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segunda-feira, 11 de agosto de 2014

AS NOVAS CRACOLÂNDIA DE SÃO PAULO - 07/2014

Mapeamento inédito da prefeitura de São Paulo obtido pelo site de VEJA aponta onde estão os 30 pontos de consumo de crack na maior cidade do país


"Saia nóias”. A pichação (com erro gramatical) poderia ter sido feita em um muro qualquer do quadrilátero do centro da capital paulista conhecido como cracolândia, na região da Luz. Mas a frase estampa a repulsa de moradores da Brasilândia, Zona Norte de São Paulo, nas paredes de um beco da sinuosa Avenida Deputado Cantídio Sampaio, que corta uma série de bairros aos pés da Serra da Cantareira. O local é um dos trinta endereços da cidade onde os usuários de crack se juntam durante a noite para, pedra após pedra, consumir a vida em meio à escuridão.
O site de VEJA percorreu 25 deles nesta semana, depois de obter da prefeitura paulistana a localização exata dos pontos de consumo de crack na cidade. Os dados foram fornecidos pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), dois meses e meio depois de o órgão ter recebido um pedido formal por meio da Lei de Acesso à Informação. Até hoje, o mapeamento das maiores cracolândias da cidade (cientificamente chamadas “cenas de uso de crack”) era mantido em sigilo.
Em fevereiro, a reportagem solicitou a mesma informação a pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – eles realizaram entre 2011 e 2013 o mais importante levantamento nacional sobre o crack, encomendado pelo Ministério da Justiça. O epidemiologista Francisco Inácio Bastos, coordenador da pesquisa "Perfil dos usuários de crack e/ou similares no Brasil", argumentou que não poderia indicar os endereços porque os comitês de ética dos municípios participantes exigiram "estrito sigilo" sobre a identificação dos locais e dos usuários. Segundo Bastos, nem mesmo o Ministério Público de São Paulo recebeu a informação ao solicitar os endereços à Fiocruz. Quando os resultados da pesquisa foram divulgados no ano passado, os mapas indicavam apenas manchas gráficas.

Os trinta pontos indicados pela prefeitura mostram que as cracolândias se expandiram para longe das ações do poder público estadual e municipal nas quatro regiões da cidade (Norte, Sul, Leste e Oeste), apesar de o Centro ainda reunir o maior número de usuários. É na cracolândia "original", consolidada desde os anos 1990 na Luz, que os programas "Recomeço", do governo Geraldo Alckmin (PSDB), e "De Braços Abertos", da gestão Fernando Haddad (PT), concentram as equipes de abordagem e encaminhamento para tratamento de saúde, cadastram dependentes químicos, oferecem trabalho temporário – e alojamento em hotéis, no caso do programa da prefeitura.
As novas cracolândias foram listadas por funcionários das supervisões de saúde mental da prefeitura em janeiro deste ano. Elas representam "cenas de uso de crack frequentes" com cem ou mais dependentes, segundo a psiquiatra Cibele Neder, assessora de saúde mental, álcool e outras drogas da SMS. Ela diz que mais de 200 pontos de uso de crack foram descobertos em toda a cidade, mas que os trinta listados são os considerados problemáticos, com mais aglomeração de pessoas e de uso permanente. "Para a gente chamar de local com problema e que mereça a intervenção do poder público, fizemos um corte com as cenas constantes, com mais de cem pessoas, e que já existissem há algum tempo", disse Cibele. "São locais que já estabeleceram uma dinâmica própria e têm um fluxo constante, mesmo que não sejam as mesmas pessoas. Eles estão diretamente ligados à oferta, ao tráfico de drogas. As pessoas vão ao lugar onde sabem que vão encontrar o crack."



Ficaram de fora do mapa da prefeitura locais onde já houve concentração de usuários de crack retratada pela imprensa, como a Rua Apa e o Elevado Costa e Silva (Minhocão), em Santa Cecília, a Mata do Iguatemi, no Jardim Pedra Branca, os arredores do Viaduto Liberdade, na Liberdade, o canteiro central da Avenida Inajar de Souza, Zona Norte, e a Vila Nova Galvão, na divisa com Guarulhos (SP).
À noite, foi possível encontrar mais de cinquenta dependentes reunidos no Parque Dom Pedro, ao lado Viaduto Diário Popular, na Baixada do Glicério, que faz parte região central degradada. Eles fumavam crack em canteiros do parque, escondidos sob cobertores e agachados nas passarelas do viaduto. Perto dali, um grupo de cinco dependentes ocupava a praça do Viaduto Bresser, na Mooca. Em geral, as cracolândias têm um grupo fixo e frequentadores que passam cerca de três dias e depois se dispersam – gente suficiente para manter o fluxo constante.
As maiores aglomerações foram verificadas no Viaduto Jabaquara, na Avenida dos Bandeirantes, e nos arredores do Ceagesp, maior centro de distribuição de frutas e verduras da América Latina, na Lapa. Em ambos os lugares, havia barracas montadas e mais de cinquenta usuários durante o dia. No Jabaquara, eles recebiam as pedras de crack de uma favela próxima à avenida. Traficantes atravessavam as pistas e desciam os barrancos rapidamente no leva e trás da droga. Eles eram seguidos apenas por cachorros. Os usuários, inclusive um cadeirante, ocupavam as duas margens sob o viaduto e se arriscavam a caminhar na pista. No Ceagesp, eles ficavam próximos a um conjunto habitacional, em ruas com lixo acumulado e farta comida descartada. Além de se esparramarem nas calçadas, acenderam fogueiras e usaram guarda-chuvas para esconder os cachimbos acesos. A cena funciona na rua atrás da sede do 91º DP da Polícia Civil.




A prefeitura expandirá pela primeira vez as ações do atual plano de enfrentamento do crack nessas duas cracolândias: Jabaquara e Ceagesp. No Jabaquara, assistentes sociais e agentes comunitários de saúde já abordaram usuários. E um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-AD) deverá ser instalado para atender dependentes químicos no Ceagesp. Depois o programa tende a ser instalado em Itaquera. Nem sempre o programa oferecerá os mesmos serviços e benefícios (trabalho remunerado, alojamento, refeições e tratamento) que fazem parte do pacote na região da Luz. Os coordenadores afirmam que a determinação é ouvir o que as pessoas querem receber. Na Luz, a demanda era por "um local para tomar banho, comida e trabalho". O atendimento de saúde era considerado secundário, e odontológico, prioridade.
Também na Zona Sul, a reportagem flagrou um dependente circulando com o cachimbo de crack em riste nos arredores do Cemitério São Luiz, no Jardim São Luís. Na Zona Leste, dois usuários fumavam pedras de crack na entrada da Favela da Paz, na Avenida Miguel Inácio Cury, a dez minutos de caminhada do Itaquerão, o estádio de abertura da Copa do Mundo. A cracolândia da favela se espalha num muro abandonado ao redor do pátio do Metrô: é um ponto de prostituição infantil, apinhado de cápsulas de cocaína vazias. Em São Miguel Paulista, os usuários que já ocuparam a Praça do Forró agora se transferiram para a Rua Severina Leopoldina de Souza, ao lado de um mercadão e do Hospital e Maternidade São Miguel. Traficantes agem livremente na rua sem saída. Na Penha, os usuários montaram cabanas sob o Viaduto Engenheiro Alberto Badra, ao lado de uma favela de barracos de madeira – ainda repleta de cinzas por causa de um incêndio recente.
O crescimento de cracolândias nas periferias costuma ser associado por estudiosos do tema a operações de remoção mal sucedidas no passado, como a promovida pela Polícia Militar em janeiro de 2012. A PM ocupou a região central e tentou dispersar a aglomeração de usuários e sufocar as vendas de traficantes, ao passo que a prefeitura passou a limpar as ruas e demoliu uma série de casebres onde os dependentes se escondiam. O fluxo de usuários na Luz diminuiu, e supõe-se que muitos deles tenham migrado de vez para outros locais. Mas não houve monitoramento adequado para comprovar a migração. Nesta semana, um grupo de dependentes resistente aos programas do Estado e da prefeitura montou acampamento na Alameda Cleveland. A pracinha ficou lotada: traficantes se aproximavam em bicicletas para vender pedras, enquanto os usuários ofereciam para troca quinquilharias e objetos roubados, como caixas de som portáteis, cordões e telefones. Havia crianças e adolescentes entre eles, além de grávidas. A movimentação era caótica, num ritmo particular. "Temos que entender esse fenômeno como um de lazer das pessoas", diz Cibele. "Elas criam uma sociabilidade, constituem uma comunidade com regras de convivência e certa solidariedade e relações interpessoais. A droga é mais uma consequência do desemprego e da miséria e não a causa."
Um fator que dificulta a localização das cenas de uso e seu monitoramento é a intensa mobilidade de usuários. Os pesquisadores da Fiocruz relataram que as cracolândias mudam durante os turnos do dia, como se houvesse uma pela manhã, outra à tarde e uma terceira realidade à noite. Eles também notaram que as cenas públicas de consumo da droga mudam conforme as condições climáticas, as decisões do tráfico ou a ocorrência de operações policiais e intervenções urbanísticas.


Durante as visitas a 25 cracolândias nesta semana, o site de VEJA só conseguiu localizar usuários em treze pontos – e em quantidades que variaram de dois a cerca de trezentos viciados. A reportagem não visitou duas cenas de uso no extremo sul da capital e três endereços em favelas da Zona Leste, apontados pela Polícia Militar como "bocas de fumo" (ponto de venda de drogas). O psicólogo e doutor em Epidemiologia em Saúde Pública Carlos Linhares relatou à Agência Fiocruz que, durante estudo sobre cenas de uso do Rio de Janeiro, não foi possível acessar metade dos 193 locais de consumo de crack na capital fluminense.
Fica na Zona Norte a maior quantidade de cracolândias encontrada. No Jardim Andaraí, próximo à Rodovia Presidente Dutra, usuários ocupavam duas ruas: a Balaiada e a Nilton Coelho de Andrade. Além dos barracos na calçada, usavam uma fogueira na rua para espantar o frio. No beco da Brasilândia, os usuários se reuniam para fumar crack em pequenos grupos. Três deles se escondiam atrás de colchões e dentro de uma Kombi azul de janelas escuras. No chão, além de pinos de cocaína abertos, viam-se também pedaços cortados de antenas de carro – usados para montar o cachimbo do crack. Funcionários do aterro industrial que funciona no terreno da antiga pedreira Itaberaba, em frente ao local, disseram que traficantes do bairro também repelem os usuários dali.
Eles se espalham ainda nos piscinões da Avenida General Penha Brasil: cinco deles usavam drogas no Piscinão do Bananal e dois no Guaraú, no Jardim Peri. A comerciante e moradora da avenida Aurora Murakami, de 54 anos, reclamou de roubos em frente à sua loja. "Esse pessoal começou a se espalhar pela periferia. São Paulo virou um monte de zumbis", diz.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

ESTAÇÃO CAMPOS ELISEOS - CPTM



OPERAÇÃO LAPA - BRÁS


O bairro de Campos Eliseos na Capital Paulista ganhará uma estação com a operação Lapa - Brás, assista o vídeo para ver toda reforma que ocorrerá no processo de enterramento dos trilhos da CPTM.




By Ary Neto

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Pontos Turísticos de Campos Eliseos - Palacete de Campos Eliseos

Revitalização da região do bairro Campos
Elíseos fica restrita à fachada de palácio


Quem passa pela avenida Rio Branco se impressiona com a fachada rica em detalhes e cores em meio a uma região degradada no centro da cidade de São Paulo. Depois de reforma bancada pela iniciativa privada que custou R$ 5 milhões e durou três anos, o Palácio Campos Elíseos ganhou de volta os tons originais do projeto do final do século passado. Embora sua nova função já esteja definida - hoje a casa está desocupada -, a restauração do edifício ainda não acabou (falta arrumar o interior e a revitalização do entorno está parada).
Em 2007, a pedido do então governador José Serra (PSDB), uma equipe de professores da Faculdade de Arquitetura da USP (Universidade de São Paulo) se empenhou em redesenhar o interior do palacete para abrigar novamente a residência oficial do governador. O projeto também propunha intervenções urbanísticas no entorno como uma forma de revitalizar essa área degradada da cidade.

O diretor da FAU -USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo), Silvio Sawaya, um dos autores do projeto, explica que a ideia era concentrar funções públicas e culturais na região para reintegrar os bairros do Pari, Campos Elíseos e Bom Retiro.

Mas, com a saída de Serra para concorrer à Presidência da República, não há sinal de que o estudo será colocado em prática pelas próximas gestões. O professor de história da arquitetura da USP Nestor Goulart avalia que a demora na implantação de projetos de restauração é reflexo da falta de prioridade e de experiência em iniciativas de revitalização.

- A reforma externa é um passo importante para a restauração de um patrimônio cultural e arquitetônico da cidade. Mas é preciso atribuir logo uma função a ele e estender essa revitalização para o entorno. Caso contrário, a recuperação fica restrita aos muros. Vira uma revitalização de fachada.

Já a historiadora Maria Cecília Naclério Homem, autora do livro O Palacete Paulistano, avalia que não há interesse em conservar a história arquitetônica da cidade.

- Há um grupo de palacetes importantíssimos em volta do Palácio Campos Elíseos, mas não há vontade pública para conservá-los. Não é ignorância. É mediocridade. 
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Procurada, a Secretaria Estadual de Planejamento disse apenas que “a possibilidade de sua execução depende de estudos e análises que oportunamente deverão ser realizados”. De qualquer forma, a intenção de transformar o terceiro andar do palacete na casa oficial do governador já foi descartada.
O orçamento de R$ 20 milhões será destinado agora a transformar o interior do edifício em um espaço para eventos, aberto à visitação do público, e que ainda poderá ser utilizado como gabinete do governador no centro da cidade. Isso dependerá da conclusão do projeto e da abertura da licitação que vai contratar a empresa para fazer o serviço, o que deve acontecer ainda neste semestre, segundo a secretaria. A previsão é de que a reforma dure 18 meses.

A estimativa de gastos com as reformas interna e do entorno, propostas pela equipe de arquitetos da USP, é avaliada em quase R$ 215 milhões – o que inclui a criação de uma esplanada cívica (jardins, passeios e pavilhão de eventos ao redor da casa), a construção do Teatro de Dança e a desapropriação de imóveis. A autora do livro sobre os palacetes de São Paulo lembra que os projetos de revitalização sempre estiveram atrelados à iniciativa privada.

- Por um lado, o capital privado acelera o processo de revitalização da área. Por outro, é sempre a especulação imobiliária que vai definir qual construção será ou não reformada. Além disso, o público geralmente acaba sendo impedido de visitar essas construções, que são patrimônios da cidade.

Já para Sawaya, o Estado tem verba para arcar com o projeto de reurbanização da área, mas poderia propor um esquema misto de investimento, as chamadas PPP (parcerias público-privadas).

- O Estado não deixa de participar da revitalização e ainda pode contar com o apoio do capital privado.

A Secretaria de Planejamento informou que a reforma da parte interna sairá dos cofres públicos. Já a reforma da parte externa do Palácio Campos Elíseos, que custou cerca de R$ 5,3 milhões, foi patrocinada por cinco empresas e gerenciada pela Fundação Energia e Saneamento, uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). O restauro se preocupou essencialmente em redescobrir as cores e os detalhes da fachada. A arquiteta Maria Vitória Fischer, uma das responsáveis pelo trabalho, relata que as várias camadas de tinta aplicadas ao longo dos anos esconderam os ornamentos do projeto original.

Nova função
Arquitetos e governo divergem quando o assunto é a função que o palácio deve ter após a reforma. Para Maria Cecília, o palacete poderia novamente abrigar um órgão público e fazer valer o investimento feito no projeto de restauro. Já para Goulart, a construção histórica deveria receber sua função original. O palacete serviu de residência a um empresário em fins do século 19, foi sede do governo até os anos 60 e de secretarias de Estado depois disso.

- A experiência internacional mostra que a melhor forma de conservar um imóvel histórico, como o Palácio Campos Elíseos, é devolver a ele sua função original. Cada secretaria que passou por ali achou que poderia fazer um puxadinho como bem quisesse.

O palácio foi projetado pelo arquiteto alemão Matheus Haussler, em 1890, por encomenda do empresário Elias Chaves, figura política influente na elite paulistana. Mais de cem anos se passaram e diversas mudanças foram feitas na construção, tombada pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico) em 1977.

Alguns cômodos do Palácio Campos Elíseos, apesar de desgastados, preservam traços e materiais do projeto original. Já no primeiro andar, é possível perceber como os espaços foram desconfigurados para abrigar repartições públicas. Depois da última desocupação, em 2002, restaram carpetes e cortinas, instalações e fios expostos, além de paredes de gesso que dividiam os ambientes.

A Secretaria de Planejamento afirma que fará poucas intervenções dentro do imóvel, pois ele será apenas um espaço eventual para despachos e reuniões de representantes do governo. As mudanças, completa a pasta, não serão como as que foram já feitas na época em que o palácio serviu como secretarias do Estado.
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Grande abraço Ary Neto

segunda-feira, 9 de julho de 2012

COMPLEXO CULTURAL LUZ 2016


By Metro Cultura - Thais Azevedo - 03/2012

Projeto da Secretaria de Estado da Cultura terá 70 mil m2 área construída e teatros para apresentações de dança, música, teatro e ópera. Obras começam no próximo ano.
Foram cerca de sete meses de discussão e adaptação até que o projeto do Complexo Cultural da Luz fosse, finalmente, aprovado.
O edifício, anunciado como o maior do gênero na América Latina, é visto pelo secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo, e pelo governador Geraldo Alckmin como peça fundamental do processo de revitalização da Nova Luz.
“Também é necessário que as pessoas voltem a morar no Centro, deixando- o com 24 horas de vida”, diz o governante.Idealizado pela Secretaria de Estado da Cultura, em parceria com a empresa inglesa Theatre Projects Consultants (TPC) e com apoio do Governo do Estado de São Paulo, o espaço reunirá três teatros, restaurantes,
café, loja e as sedes da escola de música Tom Jobim e da São Paulo Companhia de Dança. O total, 70 mil m2 de área construída, deve ficar pronto até 2016, de acordo com Matarazzo, que apresentou o projeto ao lado de Alckmin durante evento na manhã de ontem. A arquitetura do local ficou a cargo do escritório suíço Herzog & de Meuron, que tem entre seus representantes o brasileiro Marcelo Bernardi. “Projetamos o complexo de modo que ele se integrasse à área verde, rica no local. Também priorizamos a luz natural”, conta. O Complexo Cultural da Luz deve custar R$ 500 milhões, mas o valor, segundo Matarazzo, ainda não está fechado. A previsão de início das obras é para o primeiro semestre de 2013.  “A revitalização de uma cidade não termina nunca, é constante.”
MATARAZZO, SOBRE PROJETOS DE REQUALIFICAÇÃO DA NOVA LUZ
Perspectiva do pátio interno Os números do complexo O Grande Teatro, destinado a apresentações de música, dança, teatro e ópera, contará com 1.750 lugares; A Sala de Recitais comportará 500 pessoas; No Teatro Experimental, a capacidade será de 400 espectadores; O edifício terá 5 andares; 850 é o total de vagas do estacionamento; O terreno de 19 mil m2 terá 70 mil m2 de área construída. Cerca de R$ 500 milhões serão investidos no projeto.



domingo, 26 de fevereiro de 2012

Centro de tratamento de dependentes químicos da capital atenderá 24h


SP investirá R$ 250 mi em 700 leitos de internação, além de uma central telefônica para orientação
(Atualizado às 15h12)
O governador Geraldo Alckmin anunciou nesta terça-feira, 14, que o Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod), unidade da Secretaria da Saúde no Bom Retiro, região central da capital paulista, passará a funcionar em período integral a partir de março, incluindo finais de semana e feriados, ampliando a assistência aos usuários, com nove leitos de observação para casos agudos. Cerca de 80 novos profissionais deverão ser contratados para a unidade.

"Para quem precisar de atendimento médico, psicológico, teremos equipes multiprofissionais formadas 24h, sete dias por semana. Aumentou a procura voluntária por tratamento, já chegamos a 224 pacientes internados, 1.182 atendimentos de saúde. Nós temos hoje 482 leitos, todos à disposição do SUS, e teremos, ainda no primeiro semestre, mais 247 leitos e esperamos chegar rapidamente 1.200 leitos", afirmou o governador.

Além disso, o Governo investirá R$ 250 milhões nos próximos dois anos para implantar 700 novos leitos de internação para dependentes em álcool e drogas no Estado de São Paulo. Os novos leitos irão totalizar 1,2 mil vagas custeadas integralmente pelo governo do Estado para atender aos pacientes.

O Cratod também terá uma central telefônica exclusiva para tirar dúvidas da população sobre drogas, alertar sobre riscos e orientar sobre serviços gratuitos de atendimento a dependentes na capital e em outras localidades do Estado. Não será necessária a identificação do usuário que ligar para o serviço.

"A ampliação das vagas para internação de dependentes químicos reforça o compromisso pioneiro de São Paulo em oferecer alternativas ao tratamento ambulatorial , em uma rede estruturada em diferentes níveis de atenção para a efetiva reabilitação dos usuários", afirma o secretário da Saúde, Giovanni Guido Cerri.

O Centro de Referência
Inaugurado em 2002, o Cratod é uma unidade de assistência multidisciplinar a dependentes de substâncias psicoativas que oferece acompanhamento especializado por equipe de médicos, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais e até dentistas, além de distribuição gratuita de medicamentos e oficinas terapêuticas. Em 2011 a unidade realizou 27 mil atendimentos, aproximadamente.

Além disso, o Cratod promove ações comunitárias em ruas movimentadas da região central da cidade, orientando a população sobre os riscos do consumo de derivados do tabaco, álcool e drogas. O centro estadual de referência também realiza a capacitação de profissionais de saúde dos municípios para a implantação dos Caps Ad (Centros de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas).

Atualmente a Secretaria da Saúde mantém 482 leitos, em clínicas próprias ou serviços contratados, para internação de dependentes químicos no Estado. Essas vagas são custeadas integralmente com recursos do tesouro estadual.

De imediato serão implantados, ainda no primeiro semestre deste ano, 247 leitos, dos quais 40 na capital, 135 em Itapira e 72 no município de Botucatu. Os demais deverão ser abertos até o final de 2014. Caberá aos municípios realizar a triagem desses pacientes, verificando a necessidade de internação. A Secretaria deverá investir cerca de R$ 25 milhões por ano para custear a totalidade dos novos leitos a serem criados.

No Hospital das Clínicas
Na cidade de São Paulo, o Hospital das Clínicas da FMUSP terá um prédio voltado, exclusivamente, ao tratamento de dependência química. Com 70 leitos, o local também abrigará uma unidade do Centro de Atenção Psicossocial (Caps Ad), que atenderá 25 pacientes de alta complexidade por dia,  e uma unidade do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), que receberá até 14 famílias diariamente.

O centro do HC contará com equipes multidisciplinares, com assistentes sociais, enfermeiros e psicólogos, responsáveis por conhecer o cenário social do paciente: se ele tem emprego, família, quem são os amigos e se o uso de drogas e álcool faz parte do dia-a-dia dele.

Também haverá escritórios, centros de pesquisa, salas de aula e salas de reuniões para familiares. A unidade, que deverá ser implantada em uma área de 3 mil metros quadrados do Hospital Cotoxó (serviço hospitalar do HC no bairro da Pompéia), terá como finalidade, além da assistência aos dependentes químicos, testar novos tratamentos e expandi-los para outras regiões do País.
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Grande abraço
Ary Neto